domingo, 23 de setembro de 2012

O pesadelo

 
Eu agora estou no canto
Gemendo, chorando e tonto
Sempre encolhido, tremendo tanto
Acorrentado pelo medo e pronto
 
A minha vida está em perigo
Mas é um delírio que me acerta
Meu espírito está inimigo
Deste corpo que me aperta
 
Desarmonia desastrosa
Que não revela a procedência
E dessa angústia tenebrosa
Estou sofrendo a experiência
 
Quero voar, sair gritando
Mas pelo visto não sou digno
Pois sinto está me aprisionando
A triste força de um maligno
 
Será a perda do sentido?
Ou um poeta ficando louco?
Com licença
Eu preciso chorar um pouco

REVIRAVOLTA

 
 
Viajarei agora ao regresso
E verei de perto momentos fortes
Encontrando ali alguns suportes
Pegarei de volta o meu ingresso
 
Assistirei de novo numa tela
A cicatriz de um tempo escuro
Olharei por cima desse muro
Minha alma presa numa cela
 
Não vou fugir a outro espaço
Calar no medo que me pela
Olhar meus sonhos da janela
Pautar minha vida no fracasso
 
Vou libertar-me bravamente
Seguindo a voz que me conduz
Verei brilhar a minha luz
Voando alto livremente



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Homem poluente



Chegou o homem civilizado
Pra mostrar do que é capaz;
Jogou mercúrio pelos mares,
Pelos vales e canais

Chegou o homem civilizado
Com seus navios industriais;
Poluindo os oceanos,
Matando os animais

Jogaram lixo em nossos rios,
Despejaram óleo, queimaram gás;
Sujaram nossas lagoas
E nossos lagos naturais

Este ser globalizado
Só vive chateado
Por que nada o satisfaz

Diz que ama a natureza
Mas só causa impurezas,
Destruindo vidas,
Tirando a paz